Não sou poeta nem escritora ainda, mas me atrevo a brincar com as palavras, e a esse texto dei o nome ” A menina do castelo”, pois foi a primeira que encontrei no meu inconsciente. Sim, eu tenho muito para lhe contar das minhas angústias e das dores físicas que meu corpo já carregou.
Já me senti prisioneira em um tempo e num espaço que não era meu, me senti cativa com as pernas, os pés atados e isso me trouxe dores físicas. Eu sem entender carreguei por muito tempo esse peso que me impedia de crescer, mas esse PESO e esse MEDO não era meu. Quando entendi, aceitei e me permiti mudar, aí sim caminhei em direção a vida. Mas ainda de forma inconsciente queria esconder meu propósito de vida, MINHA MISSÃO, fazer de conta que não era comigo, e as manchas na pele de forma inconsciente me ajudavam nessa dramatização do verdadeiro papel das muitas faces do MEDO que não era meu.
Pare tudo o que está fazendo e me acompanhe nessa história alucinante, com muita ATENÇÃO.
A MENINA DO CASTELO aprisionada, amedrontada com os pés e as mãos amarradas, ela não conseguia seguir na vida….da sala central do castelo ela só via o lago negro, mas agora pode viajar de barco, de avião, de moto, de carro, enfim… ela pode quebrar as barreiras das redomas do castelo e seguir no mundo sentindo o cheiro e gosto das frutas. Ela pode quebrar a barreira do TEMPO e do ESPAÇO e se sentir livre na MULHER que hoje vive nela. Eu também libertei dentro de mim a MENINA que morava no COLÉGIO INTERNO, que era polida, educada, agradável, que falava muitas línguas, mas que estava amordaçada, por isso tinha fortes dores de cabeça, que não podia se expressar nem pensar, um belo dia passeando pelos caminhos do meu inconsciente eu a encontrei, segurei FORTE na sua mão e disse, agora a MULHER que mora em mim te protege, apenas confie.
Mas elas firmaram um acordo, quase que um pacto, NUNCA MAIS EM SITUAÇÃO NENHUMA, essa mulher que hoje vive em mim vai deixar de se expressar e de AJUDAR OUTRAS MULHERES a se libertar.
E ainda caminhando pelo meu inconsciente me surpreendi, encontrei alguém quase que abandonada, sim encontrei uma parte de mim, fria, calculista, estrategista, dura e triste, praticamente uma sombra, IMPLACÁVEL, quando parei e olhei vi muita mágoa, decepção e amargura. Nesse momento a MULHER que mora em mim abraçou essa sobra, ACEITOU e a integrou a minha personalidade.
A MULHER que mora em mim, hoje LUTA todos os dias para ser autêntica, destemida, forte, amável, apimentada, flexível, benevolente, engraçada e feliz. Ela AINDA está em CONSTRUÇÃO. Sem dores, sem travas sem manchas e sem medo ela segue unificando sua essência e se permitindo!
E essa mulher que mora em mim faz um convite para a mulher que mora em você!
Vamos juntos caminhar pelo seu inconsciente e resinificar suas DORES.
Texto de Suzania Cristina Paulino