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Relatos de um devaneio

Essa história vai tocar seu coração, entre a ilusão e um devaneio fleches de realidade.

E naquele dia sentada ouvindo uma sinfonia que penetra na sua corrente sanguínea ela pensava. Como posso neutralizar a dor, da decepção simplesmente com um abraço ou com um sorriso.
Como se seu corpo e sua mente estivesse neutralizado naquela noite. E então ela foi longe nos seus pensamentos e sentimentos.


Como em uma tela de cinema ela começou a assistir o filme de sua vida, sim naquela tarde de domingo chuvoso ela acordou de um sono profundo que fora submetida durante muitos anos.
Quando ela recobra a consciência estava segurando um presente em seus braços e ali ela pensou, onde eu estava o que planejei de minha vida, engraçado naquele momento nada fazia sentido.
Sim ela tinha alcançado o que havia planejado, mas estava completamente perdida em uma mistura de medo, felicidade e desespero. Sim sentimentos ambíguos, mas reais, fortes e amedrontadores.


Ele tinha certeza que fora sua mente que produzia aqueles sentimentos mais singulares.
Flores era a decoração do quarto naquele momento, mais o mais adequado seria uma bela xicara de chá com os pés imersos em banhos de ervas, para acalentar a alma.
Ela não conseguia entender pois naquele momento ela não iria ser mais livre, e sim cativa de uma nova historia sem data de termino.


Não se abria nenhuma possibilidade de trégua nessa jornada. Ela tinha em seus braços uma escolha um presente que custaria sua liberdade, sua individualidade, sim parte de sua felicidade também.
Como se uma tempestade de gelo congelasse seus sonhos, mas que ao mesmo termo algo lhe devolvera a vida. Em um momento único ela se viu presa em uma tela de tinta a óleo, onde lá longe tinha uma garota com um presente na mão. Mas essa estava estática, mas que nos olhos parecia estar brilhando.


Ela em um sussurro profundo grita: Deus quando teria liberdade para realizar meus sonhos já que agora tenho a vida de volta mas em troca negociei minha liberdade.
É muito bonito olhar e dizer “ nossa que escolha mais bela”, mas difícil é manter uma escolha com a paz, serenidade e saúde psicológica. Agora os desafios não pedem licença, ou desculpas, apenas surgem como uma furação, e uma ventania que tira tudo do lugar deixa somente as incertezas e as cinzas.


Sim eu nunca tinha mergulhado ao profundo da minha alma e resgatado essas memórias. E que memórias, eu tenho muitas e muitas catalogadas por eventos.
Quantas noites sem dormir, quanto choro, angústia medo, e incertezas dentro de um único coração, dentro de uma só vida!


A partir daquele momento ela não lutava mais para sobreviver, ela lutava como um samurai, para ter a vida além da vida, ela simplesmente abre mão dos mais singelos gestos de alegria para proporcionar um futuro promissor.


Como é conflitante tudo dentro de sua mente e coração. Ela abriu mão de si pelo outro, na tentativa de acertar.


Felicidade onde encontrar? O que é? Se ela tivesse acesso livre ao futuro, poderia ter feito outras escolha. mas ela escolheu a lealdade.


Ela então entendeu, sentiu e permitiu viver aquele momento, como se fosse o último, pois na verdade poderia ser.
Ela só queria voltar a ser menina e poder sonhar e poder escolher e poder viver e não simplesmente sobreviver.


Mas a árdua sina começava de sobrevivência. A luta de resiliência, constância de proposito e amor, agora era para todo sempre.
Ela arrumou as malas e levou somente a esperança de um dia voltar a viver e sonhar. Muitos, muitos, muitos, anos se passavam e ela apenas sobrevivia.
E sobrevivia de uma forma incomum, quase que delirante. Em seus braços acalentava sua escolha e ela sabia que nunca, nunca seria a mesma.


Dia após dia, semanas após semanas , meses após meses, anos após anos, e ela vai se moldando se desenhando se co-criando. Pois mais que ela não percebesse sua cura vinha da sua sina, louca ou incerta, aquela era a realidade.


E ela estava disposta dar a mão a muitas faces dessa personalidade até se reencontrar. Vale lembrar não foram 1, 2, ou 3 anos foram muitos anos de um período Sabático.


Que na qual a equação se repete, ela criou um linguajar próprio:
Vida que segue;
Senta na cadeira da minha vida;
Sei;
A ignorância traz paz de espirito;
A consciência liberta;
Esta tudo bem;
Isso é parede bege para mim.
E quanta parede bege fez durante toda sua vida.
Sim durante todo esse tempo ela brigou, gritou se revoltou, se abandonou, se largou e quase que deixou de existir no mundo físico.


Mas lembre-se ela precisava garantir sua escolha que em um momento de inconsciência escolheu.
A música ia penetrando em sua alma, como se uma solução clareadora fosse sendo colocada em sua consciência e ele começasse ver a luz dos seus próprios pensamentos e os motivos de sua escolha.
Que sensação horrível, cada lembrança cravada em sua memoria, que somente uma lança afiada poderia tirar.
Em um suspiro profundo ela Diz, Eu só peço a Deus ganhe a liberdade, antes que a morte me encontre. Nesse momento ela parafraseia Gandhi.


E que possa desfrutar da vida. Minha alma necessita viver. Não aceito sobreviver.
De repente ela olha aquele quarto lotado de pessoas sorrindo e vê um lindo e perfeito presente em seus braços.
Mas mesmo assim ela se sente sozinha e única, como uma jogadora de poker.
E precisa dar a cartada final, não tinha espaço para errar, então ela se refaz plena.
E ela decide, nada, mas nada tocara em sua escolha.
Pois aquela era a escolha havia trocado por sua liberdade, e isso agora valia mais que tudo para ela.


Julgue, julgue sim, se nunca passou por um devaneio, ou se nunca deixou um sonho perdido na caminhada.
Julgue-me, se conseguir, julgue-me pela minha ousadia de lhe contar tudo isso.
Pois eu quero e vou viver a liberdade que foi designada a mim.
Mas agora ela só precisava de um prato sopa quente para acalmar sua alma. E a data da alforria já esta marcada.
Mas a sopa esta esfriando e o data de conto outro dia.

Texto de Suzania Cristina Paulino

4 comentários em “Relatos de um devaneio”

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